quarta-feira, 29 de maio de 2013

Governo confirma traçado de ramais da Ferrovia Norte-Sul em MS


O governo federal não vai alterar o projeto de implantação de dois ramais da Ferrovia Norte Sul em Mato Grosso do Sul. A garantia foi dada nesta terça-feira, 28 de maio, pelo diretor da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, a um grupo de parlamentares e prefeitos do estado, durante audiência em Brasília.
“Esta descartada qualquer mudança no trajeto. A Estrada de Ferro 267 vai sair de Panorama (SP), seguir para Estrela do Oeste (SP) e depois entrar por Mato Grosso do Sul, passando por Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina, Angélica, Deodápolis e Dourados. Também está confirmada a construção da Estrada de Ferro 484, que vai de Maracaju, pelo Cone Sul do nosso Estado, até o interior do Paraná”, garantiu o senador Delcídio do Amaral (PT/MS), que pediu a audiência e acompanhou o grupo de parlamentares e prefeitos.
A construção dos dois ramais estava ameaçada porque recentemente o governo de São Paulo e parlamentares que representam o estado vizinho em Brasília fizeram gestões junto ao Ministério dos Transportes para que os novos ramais ficassem restritos ao território paulista.
De acordo com o senador, na modelagem confirmada pelo Ministério dos Transportes, Dourados vai se tornar um grande entroncamento ferroviário. A ideia é licitar a construção dos novos ramais em setembro para que até o final do ano se tenha a definição dos ganhadores dos leilões, para começar as obras no ano que vem.
Delcídio explicou que as duas ferrovias são fundamentais para o escoamento da produção do Centro-Oeste. “Elas representam um avanço logístico e na infraestrura importantíssimo para o nosso estado. Essa é mais uma vitória dos prefeitos, vereadores, das bancadas estadual e federal, e especialmente da população sul-mato-grossense”, comemorou o senador.
Delcídio adiantou que já está programada a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa, em Campo Grande, para discutir as novas ferrovias e também a situação do ramal ferroviário que vai de Bauru (SP) a Corumbá (MS), explorado pela ALL (América Latina Logística).
“O ramal que corta o Pantanal e vai até Três Lagoas é um verdadeiro desastre. Estações destruídas, vagões sucateados, trilhos e dormentes em péssimo estado de conservação, o que faz a velocidade dos comboios ser uma das mais baixas de todo o sistema ferroviário brasileiro. Já passou a hora de rever a concessão da ALL e adotar as providências necessárias para que tenhamos uma ferrovia compatível com as necessidades do desenvolvimento de Mato Grosso do Sul”, disse o senador.