quarta-feira, 1 de maio de 2013

Começa a obra de linha de trem de levitação magnética no Rio de Janeiro


Veículo, que dispensa rodas, percorrerá um trajeto de 200 metros e deverá entrar em operação em 2014, antes da Copa do Mundo

Começou em abril a obra da estação de embarque do "Maglev-Cobra", o trem de levitação magnética que ligará os dois centros de tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): o CT1 e o CT2, no Rio de Janeiro. A implantação do sistema é fruto de convênios firmados com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), nos valores de R$ 5,8 milhões e R$ 4,7 milhões, respectivamente.

Divulgação: UFRJ

O projeto, desenvolvido no Laboratório de Aplicações de Supercondutores (LASUP) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), terá capacidade para transportar até 30 passageiros em quatro módulos que estão sendo construídos na Cidade Universitária pela empresa Holos.
A técnica de levitação utiliza supercondutores e imãs de terras raras. Os supercondutores são refrigerados com nitrogênio líquido a uma temperatura de -196ºC. Um protótipo funcional utilizado no laboratório de testes desliza por um trilho de 12 metros, com 8 passageiros. Movido a energia elétrica, o Maglev possui baixo consumo de energia, cerca de 25 kJ/pkm (unidade que mede a quantidade de energia gasta para transportar cada passageiro por um quilômetro). Para se ter ideia da vantagem da tecnologia em termos de eficiência energética, o consumo de um ônibus comum é de 400 kJ/pkm e o de um avião é de 1.200 kJ/pkm.
O veículo, que dispensa rodas, também não emite ruído e nem gases de efeito estufa, entrará em operação em 2014, antes da Copa do Mundo, percorrendo um trajeto inicial de 200 metros.
Segundo a UFRJ, as obras de infraestrutura do Maglev-Cobra chegam a ser 70% mais baratas do que as obras do metrô subterrâneo. O trem de levitação poderá ser implantado por cerca de R$ 33 milhões por quilômetro, segundo os pesquisadores.
"Na área de transporte público, podemos dizer que o Maglev é um dos veículos mais limpos do mundo, em termos de emissões. Trata-se de uma solução para o transporte urbano, perfeitamente adaptável a qualquer tipo de topografia", ressalta o coordenador do projeto Richard Stephan.

Divulgação: UFRJ


Divulgação: UFRJ


Divulgação: UFRJ